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Bicho-de-pé (Tungíase): sintomas, causas, como tirar, tratamento e prevenção

Nós entendemos a urgência e o desconforto causados pela infestação do bicho-de-pé. Neste guia completo e aprofundado, você encontrará tudo o que precisa saber para reconhecer, tratar e prevenir a tungíase — com embasamento científico, clareza e autoridade — de modo a oferecer um conteúdo que supere o padrão dos artigos concorrentes.


O que é o bicho-de-pé (tungíase)?

O termo “bicho-de-pé” refere-se à pulga Tunga penetrans (pulga-de-areia), cujas fêmeas fecundadas penetram a pele humana ou animal para se alimentar de sangue e liberar ovos. Esse fenômeno clínico é conhecido como tungíase.

Características biológicas

  • A fêmea penetra através da epiderme e, gradualmente, incha até 80 vezes seu volume inicial, formando uma lesão hemisférica visível.
  • Ela mantém uma abertura microscópica para o exterior, por onde respira e expulsa ovos que caem no solo.
  • Os ovos eclodem no ambiente e completam o ciclo em cerca de 4 a 6 semanas — sob condições favoráveis pode ocorrer em 3 semanas.

Nomes populares e variações regionais

Além de “bicho-de-pé”, encontramos nomes como pulga-de-areia, tunga, matacanha, bicho-de-porco, bicho-do-cachorro e jatecuba.


Qual é a causa do bicho-de-pé?

A causa direta é a penetração da pulga Tunga penetrans na pele do hospedeiro. Essa espécie vive em solos arenosos e secos, especialmente em áreas rurais, praianas ou com presença de animais infectados.

A fêmea fecundada, ao entrar em contato com a pele humana (geralmente dos pés descalços), penetra a camada superficial e ali se aloja. Dentro do corpo, ela se alimenta de sangue e produz centenas de ovos, iniciando o ciclo de infestação.

Entre os principais fatores causadores, destacam-se:

  • Contato direto com solos contaminados;
  • Falta de calçados protetores;
  • Presença de animais infestados no ambiente;
  • Falta de saneamento básico e limpeza de quintais;
  • Climas quentes e secos, que favorecem o desenvolvimento da pulga.

Como se pega bicho-de-pé?

A contaminação ocorre pelo contato direto com o solo onde há ovos ou pulgas adultas da Tunga penetrans. Quando a pessoa anda descalça ou encosta o corpo em superfícies contaminadas, a pulga aproveita para penetrar a pele.

Formas comuns de contágio

  • Andar descalço em terrenos baldios, praias, quintais com areia ou chiqueiros;
  • Conviver com cães, gatos ou suínos infectados;
  • Manipular objetos ou roupas contaminadas sem higiene adequada;
  • Dormir ou sentar em superfícies onde há pulgas.

A transmissão não ocorre de pessoa para pessoa, mas sim pelo ambiente contaminado.


Locais de infestação e fatores de risco

A pulga prefere solos arenosos, secos ou lamacentos, muitas vezes pouco sombreados ou próximos a locais com presença animal.

Locais do corpo mais acometidos

  • Planta dos pés (especialmente calcanhar e dedos);
  • Regiões ao redor das unhas;
  • Interstícios entre os dedos;
  • Menos frequentemente: mãos, nádegas, virilha e pescoço.

Fatores de risco comportamentais

  • Andar descalço em solos contaminados;
  • Exposição a quintais, terrenos abandonados ou locais com criação animal;
  • Falta de calçados apropriados em regiões endêmicas;
  • Convivência com animais domésticos sem controle de pulgas.

Sinais e sintomas da tungíase

Reconhecer precocemente é fundamental para evitar complicações graves.

Manifestações iniciais

  • Mancha ou pápula avermelhada;
  • Coceira intensa;
  • Sensação de “pinicação” ou corpo estranho;
  • Crescimento gradual da lesão.

Evolução típica da lesão

  • Surgimento de um nódulo esbranquiçado com ponto escuro central (a extremidade do parasita);
  • Edema e dor local;
  • Formação de crosta escura após algumas semanas.

Diagnóstico: como confirmar que é bicho-de-pé

O diagnóstico é essencialmente clínico. O médico observa a lesão nodular com ponto preto central e, muitas vezes, o histórico de contato com solo ou animais infectados já confirma a suspeita.

Em casos duvidosos, pode-se usar lupa, dermatoscopia ou biópsia para identificar o parasita.


O que é bom para tirar bicho-de-pé?

A remoção cuidadosa e completa do parasita é o tratamento mais eficaz. Deve ser feita com instrumento estéril, de preferência por um profissional de saúde, para evitar infecção e reincidência.

Passo a passo do tratamento

  1. Limpeza da área com álcool 70% ou antisséptico;
  2. Remoção da pulga com agulha ou bisturi estéril;
  3. Aplicação de pomada antibiótica para prevenir infecção;
  4. Cobertura com curativo limpo e estéril;
  5. Revisão da vacina antitetânica, se houver ferida aberta.

Cuidados após a retirada

  • Evitar coçar ou manipular a ferida;
  • Manter o local limpo e seco;
  • Não utilizar objetos caseiros (como agulhas não esterilizadas);
  • Procurar atendimento médico em casos de dor, pus ou inchaço.

Remédios complementares

  • Pomadas com antibióticos tópicos (neomicina, bacitracina ou mupirocina);
  • Em casos extensos, o uso de antibióticos orais pode ser necessário;
  • Analgésicos ajudam a aliviar a dor.

⚠️ Evite soluções caseiras como querosene, álcool em excesso ou calor direto: elas não matam o parasita e podem causar queimaduras ou infecções.


O que acontece se eu não tirar o bicho-de-pé?

Ignorar ou atrasar o tratamento pode gerar sérias complicações:

  • Infecção bacteriana (com pus e mau cheiro);
  • Deformações nos dedos e unhas;
  • Perda da unha devido à inflamação intensa;
  • Úlceras e necrose do tecido;
  • Risco de tétano em feridas abertas;
  • Infestação múltipla, com dezenas de parasitas na mesma região.

Em casos graves, especialmente em áreas rurais com baixa assistência médica, a tungíase pode evoluir para gangrena e necessidade de amputação.


Tratamento médico e manejo de múltiplas lesões

Em infestações múltiplas, é necessário:

  • Remoção gradual de todas as pulgas;
  • Uso de antibióticos sistêmicos;
  • Avaliação constante da cicatrização;
  • Controle ambiental para evitar reinfecção.

Prevenção e controle ambiental

Medidas pessoais

  • Usar sapatos fechados em solos arenosos;
  • Evitar andar descalço em quintais, praias ou terrenos baldios;
  • Manter higiene regular dos pés;
  • Examinar diariamente a pele em áreas de risco.

Perguntas frequentes

PerguntaResposta
O bicho-de-pé tem cura?Sim, desde que seja removido completamente e o local tratado.
Posso usar remédio caseiro?Não é recomendado, pois pode causar infecção.
Animais pegam bicho-de-pé?Sim, especialmente cães, gatos e porcos.
O que fazer se houver várias lesões?Procurar um médico para remoção segura e uso de antibióticos.

O bicho-de-pé é uma parasitose simples de tratar, mas potencialmente perigosa se negligenciada. A remoção adequada, a higiene constante e o uso de calçados protetores são fundamentais para evitar complicações.
Com informação e prevenção, é possível eliminar o risco e manter a saúde da pele em segurança.

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